segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O professor de nariz vermelho

(Se resume em estar lá

Manter a boa consciência

Com urgência sorrir

Decidir que o rio corre)


Alguém socorre

É a catástrofe universal.

Todo mal desafia.

Mas, ufa, tudo é só philia!


Olhos negros famintos

Olhos brancos contemplativos

Vendo os anjos e demônios

O homem de nariz vermelho faz beicinho. E:


-Tadinho. Tão amado.

-Coitado. Que azarado.

-Até quando vai ficar parado?

-Foi horrível, agente também sabe, palhaço.


E Toda a crueldade

É um saboroso ingrediente

Ao demente palhaço

Coração de doce aço.


Usa de adubo para florescer

Criar cores que dançam

Se espalham

Inspiram


Todos piram

Riem o que nunca riram

Amam o que nunca amaram

Aprendem o que não sabiam


Se incomodam e xingam também.

Mas quem é errado?

Ele ali na frente já sabe

Do erro até que vai cometer.


Alguém quer se meter?

Que se metam, que se esqueçam.

Quem tiver brincadeira na alma:

Que brinque!


Que não seja imortal posto que é chama.

Mas que seja palhaço enquanto cure.

Nenhum comentário:

Postar um comentário