(Se resume em estar lá
Manter a boa consciência
Com urgência sorrir
Decidir que o rio corre)
Alguém socorre
É a catástrofe universal.
Todo mal desafia.
Mas, ufa, tudo é só philia!
Olhos negros famintos
Olhos brancos contemplativos
Vendo os anjos e demônios
O homem de nariz vermelho faz beicinho. E:
-Tadinho. Tão amado.
-Coitado. Que azarado.
-Até quando vai ficar parado?
-Foi horrível, agente também sabe, palhaço.
E Toda a crueldade
É um saboroso ingrediente
Ao demente palhaço
Coração de doce aço.
Usa de adubo para florescer
Criar cores que dançam
Se espalham
Inspiram
Todos piram
Riem o que nunca riram
Amam o que nunca amaram
Aprendem o que não sabiam
Se incomodam e xingam também.
Mas quem é errado?
Ele ali na frente já sabe
Do erro até que vai cometer.
Alguém quer se meter?
Que se metam, que se esqueçam.
Quem tiver brincadeira na alma:
Que brinque!
Que não seja imortal posto que é chama.
Mas que seja palhaço enquanto cure.