quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Próximo Passo

Amas-me de verdade
ou é tua paixão
apenas uma extensão
de boa vontade?

Menina certinha,
Pra mim tudo que será,
será apenas o que há.
Será tudo bobagem minha?

Entendes meu plano?
Sabes cuidar de minhas dores,
fazer crescer flores,
ou é tudo só um engano?

Se sentes que falho
nos sentimentos teus
não temo um “adeus”
pois não sou quebra-galho.

Mas se não for imaginário
o amor que tens por mim
Deixarei-me creer que “sim
meu mundo é extraordinário.”

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Do Riso

Consegues lembrar
d’último sincero
sorriso que tenhas
sorrido?

Quando livre te viste
de compromisso social
e do riso que riste
tão alto e desabrido
que tenhas até parecido
uma débil mental?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Refluxo de consciência

Abro o Windows e ele me diz:
-Seja Bem-Vindo!
Me admiro com a educação sem pudor.
São do computador, nem percebo que são palavras.
E clico, abro outras telas, se não são azuis, amarelas.
Hoje não tem mais travas, mas músicas, filmes e muitas taras.
Solidões e amarras.
As marras do grande.
O grande marrento.
Sedento de grande.
Subestimador do pequeno.
Confuso na própria dor.
É o gigante incolor. bicho insano.
Bicho caprichoso, bicho urbano.
E se amamos, o que temos haver com isso, o amor?
O amor, o que temos haver com isso, se amamos?
O que temos haver?

Não discutamos, algo nos chamam.
E nos chamamos,
nos chamemos e não saibamos e
no chá, mimos e sua gota de ridículo.

Sejamos sanos em cubículos?
Que ridículo.

Que sono.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sobre a genialidade humana

Explicaram-me teorias psicológicas e provaram como numa equação matemática as verdades da mente humana. E com vaga curiosidade caminhei, invés de um pirulito na mão tinha idéias sobre a psique humana em meus pensamentos e pensei, pensei, pensei, até sorri e ri daquilo que pensei.
Um homem estranho com roupas estranhas me olhou no fundo dos olhos e me disse seriamente:
-Coração... Coração... Coração... Existe vida a nossa volta!
Me emocionei com aquela genialidade.
A Maquina do Mundo

Em alguns poucos cérebros pigmeus
(um tanto quanto parecidos com o meu)
sopeado está meu futuro desvairado.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
pelo menos agradável.

Em algum prédio bem polido
decidiram náo comercializar a cura do câncer
por não ser economicamente viável.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
o mais afável possível.

Em algum computador de última geração,
jazo-me em pedaços desconectos
de crédito, altura, saúde, e nível.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
um pouco mais aprazível.

Em algumas noites de vento seco
ouvem os bichos
da maquina do mundo
sorvendo sangue
seu sibilante ruído.

Nunca saberei, então prossigo
(pensando estar)
a tudo atento.
Secando e sendo
mais tratável e mais ameno.