terça-feira, 20 de setembro de 2011

A Maquina do Mundo

Em alguns poucos cérebros pigmeus
(um tanto quanto parecidos com o meu)
sopeado está meu futuro desvairado.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
pelo menos agradável.

Em algum prédio bem polido
decidiram náo comercializar a cura do câncer
por não ser economicamente viável.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
o mais afável possível.

Em algum computador de última geração,
jazo-me em pedaços desconectos
de crédito, altura, saúde, e nível.
Nunca saberei, então prossigo
a tudo atento, tentando ser
um pouco mais aprazível.

Em algumas noites de vento seco
ouvem os bichos
da maquina do mundo
sorvendo sangue
seu sibilante ruído.

Nunca saberei, então prossigo
(pensando estar)
a tudo atento.
Secando e sendo
mais tratável e mais ameno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário